O caso da mulher-urso – ou a repetição como potência do esquecimento
Este texto, tem por objetivo demonstrar a repetição como uma potência do esquecimento, tomando como objeto de sua análise o caso da mulher-urso. Para tanto, articularemos referenciais oriundos da Antropologia e da Filosofia. Especificamente, nos referimos ao texto de Nastassja Martin – antropóloga f...
Published in: | Reflexão |
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Main Author: | |
Format: | Article in Journal/Newspaper |
Language: | English Spanish French Portuguese |
Published: |
Pontificia Universidade Católica de Campinas
2021
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Subjects: | |
Online Access: | https://doi.org/10.24220/2447-6803v46e2021a5534 https://doaj.org/article/75600ec2285743528bc80e7945dfdb6a |
Summary: | Este texto, tem por objetivo demonstrar a repetição como uma potência do esquecimento, tomando como objeto de sua análise o caso da mulher-urso. Para tanto, articularemos referenciais oriundos da Antropologia e da Filosofia. Especificamente, nos referimos ao texto de Nastassja Martin – antropóloga francesa, estudiosa do Grande Norte subártico, atacada por um urso selvagem no ano de 2015 –, publicado recentemente no Brasil sob o título: “Escute as feras” e “Diferença e Repetição”, tese doutoral de Gilles Deleuze. Metodologicamente seguiremos o seguinte percurso: (i) Destacando a noção de perspectivismo, tal como pensada por Eduardo Viveiros de Castro, daremos início às nossas reflexões apontando a imperiosa tarefa xamânica em assumir o ponto de vista dos outros seres. Assim, julgamos ser capazes de introduzir a experiência realizada por Nastassja junto às populações even, nas florestas congeladas da Rússia. Na sequência, (ii) passaremos aos conceitos de repetição, diferença, síntese disjuntiva e devir de Gilles Deleuze, junto a quem buscaremos lançar as bases teóricas para compreensão dos sonhos de Nastassja. Finalmente, (iii) em mãos de tais conceitos, arriscaremos um diagnóstico acerca do acontecimento efetuado no corpo da antropóloga. |
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