Infecção do Anopheles (Kerteszia) cruzii por Plasmodium vivax e Plasmodium vivax variante VK247 nos Municípios de São Vicente e Juquitiba, São Paulo

O Estado de São Paulo, situado na região Sudeste do Brasil, apresenta esporadicamente casos autóctones de malária que se caracterizam pela presença de quadro clínico benigno com parasitemias baixas e sintomatologia branda, identificados como malária vivax. Pouco se sabe a respeito da sintomatologia...

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Bibliographic Details
Published in:Revista Panamericana de Salud Pública
Main Authors: Maria Stela Branquinho, Mauro Toledo Marrelli, Izilda Curado, Délsio Natal, José Maria Soares Barata, Rosa Tubaki, Glória Cristina Carréri-Bruno, Regiane Tironi de Menezes, Judith K. Kloetzel
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 1997
Subjects:
R
Online Access:https://doi.org/10.1590/s1020-49891997000900004
https://doaj.org/article/75391aaa86c84123854b005b810d13cf
Description
Summary:O Estado de São Paulo, situado na região Sudeste do Brasil, apresenta esporadicamente casos autóctones de malária que se caracterizam pela presença de quadro clínico benigno com parasitemias baixas e sintomatologia branda, identificados como malária vivax. Pouco se sabe a respeito da sintomatologia e resposta imune desenvolvidas pelo ser humano para as variantes Plasmodium vivax VK247 e Plasmodium vivax-like humano. Estas variantes são transmitidas pelo mosquito Anopheles (Kerteszia) cruzii, uma das espécies mais abundantes no Sudeste brasileiro. O objetivo deste trabalho foi verificar a infecção em anofelinos desta região, através do teste imunoenzimático ELISA com utilização de anticorpos monoclonais específicos dirigidos contra as regiões repetitivas da proteína circunsporozoíta de P. vivax clássico, P. brasilianum/P. malariae e P. vivax VK247. Coletas entomológicas foram realizadas no período de 1991 a 1993 em São Vicente e Juquitiba, municípios localizados em área remanescente da Mata Atlântica do Estado de São Paulo. A Mata Atlântica é rica em plantas da família Bromeliaceae, criadouros de formas imaturas de anofelinos do subgênero Kerteszia. De um total de 1117 espécimes de An. (Ker.) cruzii capturados no Município de São Vicente, 0,179% foram positivos para P. vivax clássico. Em Juquitiba, dentre 1161 An. (Ker.) cruzii pesquisados, 0,086% foram positivos para o P. vivax VK247, o que demonstra a presença da variante na região. Embora o índice de infecção encontrado seja baixo, a alta densidade destes mosquitos e sua voracidade (picam durante as 24 h do dia) poderiam compensar a baixa porcentagem de espécimes infectados.