Impacto nutricional do programa de alimentação do trabalhador no Brasil
Objetivos. O programa de alimentação do trabalhador do Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil destina-se a garantir alimentação adequada a trabalhadores de baixa renda. Neste estudo, avaliou-se o impacto nutricional do programa, que atende cerca de 10 milhões de pessoas no país. Métodos. Este é...
Published in: | Revista Panamericana de Salud Pública |
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Main Authors: | , |
Format: | Article in Journal/Newspaper |
Language: | English Spanish Portuguese |
Published: |
Pan American Health Organization
2002
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Subjects: | |
Online Access: | https://doi.org/10.1590/s1020-49892002000100004 https://doaj.org/article/6e84375b2c00460799f4bbb3ea3dff36 |
Summary: | Objetivos. O programa de alimentação do trabalhador do Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil destina-se a garantir alimentação adequada a trabalhadores de baixa renda. Neste estudo, avaliou-se o impacto nutricional do programa, que atende cerca de 10 milhões de pessoas no país. Métodos. Este é um estudo de coorte dinâmica retrospectiva com 8 454 trabalhadores residentes no Estado da Bahia, Brasil. Utilizaram-se dados de prontuários médicos on-line pertencentes a uma organização que presta serviços de monitoramento da saúde de trabalhadores a um grande número de empresas em todo o Estado da Bahia. Foram utilizados dados demográficos e nutricionais (peso e pré-obesidade). Informações adicionais foram obtidas junto às empresas em entrevistas telefônicas. Resultados. Ser beneficiário do programa foi associado positivamente a aumento de peso (razão de densidade de incidência ajustada por idade e sexo = 2,21; intervalo de confiança de 95% = 1,78-2,75). Não houve associação estatisticamente significativa entre participar no programa de alimentação e pré-obesidade. O risco de aumento de peso foi maior entre os trabalhadores eutróficos, pré-obesos ou de baixo nível socioeconômico no início do seguimento (P < 0,05). Conclusões. Os resultados sugerem que o programa de alimentação do trabalhador tem impacto negativo sobre o estado nutricional dos trabalhadores de baixa renda. Suas estratégias, restritas a recomendações energético-protéicas, precisam ser reavaliadas para que efetivamente promovam a saúde do trabalhador. |
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