Germinação de sementes de Lavoisiera cordata Cogn. e Lavoisiera francavillana Cogn. (Melastomataceae), espécies simpátricas da Serra do Cipó, Brasil

Neste estudo verificou-se o comportamento germinativo de sementes de Lavoisiera cordata Cogn. e Lavoisiera francavillana Cogn. (Melastomataceae), espécies que ocorrem em hábitats com características hídricas e nutricionais diferentes nos campos rupestres da Serra do Cipó, Sudeste do Brasil. Sementes...

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Bibliographic Details
Published in:Acta Botanica Brasilica
Main Authors: Bernardo D. Ranieri, Tate C. Lana, Daniel Negreiros, Luzia M. Araújo, Geraldo Wilson Fernandes
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Published: Sociedade Botânica do Brasil 2003
Subjects:
Online Access:https://doi.org/10.1590/S0102-33062003000400005
https://doaj.org/article/4bec6ca0e64a441587ce0c9d9370d1c7
Description
Summary:Neste estudo verificou-se o comportamento germinativo de sementes de Lavoisiera cordata Cogn. e Lavoisiera francavillana Cogn. (Melastomataceae), espécies que ocorrem em hábitats com características hídricas e nutricionais diferentes nos campos rupestres da Serra do Cipó, Sudeste do Brasil. Sementes coletadas no ano de 2000 foram postas para germinar em quatro réplicas de 25 nas temperaturas de 15, 20, 25 e 30ºC, sob fotoperíodo de 12h. A percentagem de germinação foi mais alta para L. cordata do que para L. francavillana (t=11.803, gl = 30, p<0.01), assim como a velocidade de emergência de radícula (t=6.71, gl=30, p<0.01). L. cordata apresentou maiores velocidades de emergência (ANOVA, F=14.282, r²=0.78, p<0.01) a partir da temperatura de 20ºC, sendo que nessa mesma temperatura foi observada tendência a maiores percentagens de germinação (p>0.05, N.S.). As percentagens de germinação correlacionaramse positivamente com as velocidades de emergência para esta espécie (r²=0.63, p<0.05, y=1.48x+1.97). L. francavillana apresentou as maiores taxas de germinação (ANOVA, F=3.388, r²=0.46, p<0.05) e tendência a maiores velocidades de emergência na temperatura de 25ºC (p>0.05, N.S.), sendo que as percentagens de germinação se correlacionaram positivamente com as velocidades de emergência (r²=0.90, p<0,01, y=4.32x0.01). Os resultados indicam que as diferenças fisiológicas na germinação das sementes podem ser reflexo de adaptações às condições ecológicas às quais essas duas espécies estão sujeitas.