De Hitler a Bush: o Iraque e o New American Century

Em 1933, agentes da Gestapo induziram Marinus van der Lubbe, doente mental e fichado como comunista a empreender o incêndio do Reichstag (Parlamento alemão), conforme a ideia de dois próceres do nazismo, Joseph Goebbels e Hermann Goering, fato esse que permitiu a Adolf Hitler obter poderes extraordi...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Luiz Alberto Moniz Bandeira
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Maringá 2019
Subjects:
Online Access:https://doaj.org/article/36dd4676bb324f5184338cf7c9ff0df7
Description
Summary:Em 1933, agentes da Gestapo induziram Marinus van der Lubbe, doente mental e fichado como comunista a empreender o incêndio do Reichstag (Parlamento alemão), conforme a ideia de dois próceres do nazismo, Joseph Goebbels e Hermann Goering, fato esse que permitiu a Adolf Hitler obter poderes extraordinários e implantar a ditadura, legalmente, sem revogar uma linha sequer da Constituição de Weimar[i]. Em 25 de outubro de 1939, pouco antes de invadir a Polônia, Adolf Hitler, falando ao Alto Comando da Wehrmacht, disse: “Darei uma razão propagandística para começar a guerra, não importa se é plausível ou não. Ao vencedor não se pergunta depois se ele disse ou não a verdade”[ii]. Ele sabia que uma propaganda para ser efetiva necessita de feitos. E para provar que a Polônia não aceitava suas propostas de paz, ordenou a Himmler-Operation: alemães das SS e Gestapo, fardados como soldados poloneses, atacaram uma estação de rádio em Gleiwitz, fronteira de Alemanha. Ai estava a “razão propagandística”. Seu grandioso projeto era estender o domínio da Alemanha do Atlântico aos Urais e de Narvik ao Suez, transformar em realidade o refrão do hino nacional – Deutscheland über Alles[iii] – e construir o Grande Império Germânico – III Reich – para durar pelo menos um milênio.