Cobertura do exame citopatológico na cidade de Pelotas, Brasil

Em 1995, o câncer de colo de útero foi a quarta causa de morte mais prevalente para o sexo feminino no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Tendo em vista que não existem estudos disponíveis sobre a cobertura do exame citopatológico na cidade de Pelotas -- a principal cidade da região sul do estado...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Costa Juvenal Soares Dias da, D'Elia Paula Berenhauser, Manzolli Patrícia, Moreira Mônica Regina
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 1998
Subjects:
R
Online Access:https://doaj.org/article/2022e4ff66a44377a474436fbe9a045c
Description
Summary:Em 1995, o câncer de colo de útero foi a quarta causa de morte mais prevalente para o sexo feminino no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Tendo em vista que não existem estudos disponíveis sobre a cobertura do exame citopatológico na cidade de Pelotas -- a principal cidade da região sul do estado do Rio Grande do Sul -- , em 1992 realizou-se uma pesquisa transversal, de base populacional, entre mulheres de 20 a 69 anos residentes na zona urbana da cidade de Pelotas. O objetivo do estudo foi verificar a realização do exame citopatológico nos 3 anos anteriores à pesquisa; determinar o índice de cobertura deste exame na cidade de Pelotas; e identificar fatores associados à realização do exame. A classe social foi definida como variável sobredeterminante. Na operacionalização de classe social duas classificações foram utilizadas: a classificação de Bronfman e a classificação preconizada pela Associação Brasileira de Institutos de Pesquisa de Mercado. Das 934 mulheres entrevistadas, 606 (65%) haviam feito o exame citopatológico nos 3 anos que antecederam a pesquisa. A análise multivariada revelou diferenças quanto à realização do exame citopatológico em relação à classe social, idade e freqüência anual de consultas. Não foram encontradas diferenças em relação à escolaridade, tipo de serviço de saúde utilizado e hospitalizações no ano anterior à pesquisa. O estudo conclui que a cobertura do exame citopatológico para mulheres entre 20 e 69 anos em Pelotas é superior à cobertura encontrada em outras partes do país e do mundo. No entanto, nas classes mais baixas, o índice de cobertura ficou entre 52 e 56%. Estes dados podem contribuir para a elaboração de medidas que visem ao aumento da cobertura para setores específicos.