Síndrome congênita do vírus Zika: perfil sociodemográfico das mães

Objetivo. Descrever o perfil sociodemográfico de mães de crianças com síndrome congênita do Zika. Métodos. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa. Foram convidadas a participar todas as 39 mães de bebês nascidos vivos entre os casos notificados em 2015 e 2016 com di...

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Bibliographic Details
Published in:Revista Panamericana de Salud Pública
Main Authors: Paula de Souza Silva Freitas, Gabriella Barreto Soares, Helaine Jacinta Salvador Mocelin, Larissa Carolina Xavier Lacerda, Thiago Nascimento do Prado, Carolina Maia Martins Sales, Freddy Perez, Elda Coelho de Azevedo Bussinger, Ethel Leonor Noia Maciel
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2009
Subjects:
R
Online Access:https://doi.org/10.26633/RPSP.2019.24
https://doaj.org/article/0d19689f42f7484ea669e95f4ed27eb6
Description
Summary:Objetivo. Descrever o perfil sociodemográfico de mães de crianças com síndrome congênita do Zika. Métodos. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa. Foram convidadas a participar todas as 39 mães de bebês nascidos vivos entre os casos notificados em 2015 e 2016 com diagnóstico confirmado de síndrome congênita do Zika no Estado da Saúde do Espírito Santo. Dessas 39 mulheres, 25 concordaram em participar. Para a coleta de dados foram utilizados um formulário para identificar o perfil sociodemográfico e um diário de campo. Resultados. Das 25 mães, 19 (74,0%) se declararam não brancas e 16 declararam (64,0%) possuir companheiro. Quanto à escolaridade, 12 (48,0%) possuíam ensino médio completo. A renda domiciliar per capita variou de nenhuma renda até US$ 1 111,11; 12 mulheres (48,0%) tinham entre nenhuma renda e renda de US$ 61,72. Quanto à moradia, 17 (68,0%) residiam em áreas de periferia com condições precárias. Das 25 mulheres, 16 (64,0%) apresentavam vínculo empregatício antes da gestação; e dessas 16 com vínculo, 12 (75,0%) foram demitidas ou pediram demissão após o nascimento do bebê. Conclusões. O perfil das mães revelou que a epidemia não foi equânime e atingiu preferencialmente mulheres de baixa renda e de estratos sociais desfavorecidos. Nesse sentido, acredita-se que a doença possa ser determinada pelas desigualdades sociais de saúde presentes no país. Os dados descritos podem fornecer subsídios para o planejamento de ações efetivas para garantir uma rede de proteção social para crianças com síndrome congênita do Zika e suas famílias.