Biomphalaria straminea no Peru e sua suscetibilidade a cepas brasileiras de Schistosoma mansoni

Em Maio de 1973, um dos autores (C.A.C.) coletou na localidade de Imacita, Província de Bagua, Departamento de Amazonas, vários espécimes de Biomphalaria straminea (Dunker, 1848), uma espécie que, até então, não havia sido assinalada no Peru. Descendentes destes indivíduos foram submetidos a provas...

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Main Authors: C.A. Cuba Cuba, L.R. Corrêa
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) 1977
Subjects:
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spelling ftdoajarticles:oai:doaj.org/article:028cd3493bbd4d7791aa86b3e3dada68 2023-05-15T15:16:45+02:00 Biomphalaria straminea no Peru e sua suscetibilidade a cepas brasileiras de Schistosoma mansoni C.A. Cuba Cuba L.R. Corrêa 1977-12-01T00:00:00Z https://doaj.org/article/028cd3493bbd4d7791aa86b3e3dada68 EN eng Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86821977000600001 https://doaj.org/toc/0037-8682 https://doaj.org/toc/1678-9849 0037-8682 1678-9849 https://doaj.org/article/028cd3493bbd4d7791aa86b3e3dada68 Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Vol 11, Iss 6, Pp 195-203 (1977) Arctic medicine. Tropical medicine RC955-962 article 1977 ftdoajarticles 2022-12-31T03:06:24Z Em Maio de 1973, um dos autores (C.A.C.) coletou na localidade de Imacita, Província de Bagua, Departamento de Amazonas, vários espécimes de Biomphalaria straminea (Dunker, 1848), uma espécie que, até então, não havia sido assinalada no Peru. Descendentes destes indivíduos foram submetidos a provas de suscetibilidade às cepas BH e SJ de Schistosoma mansoni que, em condições naturais, evoluem em B. glabrata de Belo Horizonte e B. tenagophila de São José dos Campos, respectivamente. Oitenta espécimens foram expostos à cepa BH dos quais em 13 ou 16,2% a infecção evoluiu caracteristicamente até a formação de esporocistos secundários sem haver, contudo, eliminação de cercárias, mesmo no indivíduo que apresentou uma sobrevivência de 88 dias após a exposição. Não se verificou cura espontânea neste lote. Entre as 40 B. straminea expostas à cepa SJ 9 ou 22,5% infectaram-se, sendo que apenas duas eliminaram poucas cercárias aos 57 e 77 dias após a exposição, por dois dias consecutivos, tendo uma morrido e uma se curado espontaneamente. A cura espontânea do parasitismo foi notado em mais dois indivíduos, nos quais a infecção foi observada através da concha. Cortes histológicos seriados de 9 caramujos, expostos individualmente a 50 miracídios da cepa BH e fixados entre 6 e 120 horas após a exposição, mostraram esporocistos em desenvolvimento e esporocistos invadidos por amebócitos, sem formação de granulomas por parte do hospedeiro, fato assinalado em caramujos suscetíveis. A população estudada comportou-se experimentalmente de modo semelhante a outras populações de B. straminea testadas em laboratório, isto é, com baixa suscetibilidade, embora tal comportamento não afaste a possibilidade dela vir a manter o ciclo do parasita em sua área de distribuição. In May 1973 one of the Authors (C.A.C.) collected specimens of Biomphalaria straminea (Dunker 1848) at imacita, Bagua Province, Amazonas, Pem. This species has notbeen described before in Peru. Progeny from these specimens tested for susceptíbility to the BH and SJ strains ... Article in Journal/Newspaper Arctic Directory of Open Access Journals: DOAJ Articles Arctic
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